quarta-feira, 10 de junho de 2009

A irmandade


E se tudo já estivesse planejado, não por Deus, mas por uma entidade extra-oficial? O governo, o Senado Federal e a Câmara dos Deputados seriam fantoches, apenas ilusões apostadas defronte as massas, para dar uma sensação de liberdade, personificada na democracia. Existe algo por detrás de tudo isso, calcado na imaginação que se torna mais real que a própria realidade. Aliás, realidade é aquilo que nós convencionamos, acordamos, elegemos e concretizamos como verdade.


Existiu um Messias, concebido por uma humana e vindo por questão divina. Mas, nesta sociedade secreta, há outros escolhidos, por suas virtudes terrenas que muitas vezes podem, ou não, coincidir com os desígnios de Deus.

Já sentiu, alguma vez, que tudo se movimenta em seu redor, como se as cartas estivessem dadas, anteriormente, não por uma superioridade metafísica, mas por um conselho superior? E daí, surgem outras perguntas adjacentes à principal: “Que diabos é isto que está ocorrendo?”

Neste entremeio de ruídos e mensagens, há contra-comunicações contra os desígnios desta entidade. São oriundas de organismos rebeldes ou mesmo de organismos do sistema que se querem rebelar contra a ordem estabelecida.

Estamos alheios a esta conspiração planetária, que inclui nossos pais, avôs, tios e irmãos. Neste conluio generalizado, os patifes são exaltados ou apáticos. Todos somos como uma enorme colônia de formigas, cada qual com sua função nesta enorme colônia que é a sociedade.

As instituições e as religiões são um disfarce para que a soberania da “Irmandade” prevaleça oculta e de lá consigne seus domínios por todos os continentes. Ninguém está a salvo, ninguém foi esquecido.

Os escolhidos pela “Irmandade” são treinados desde nascidos, ou desde uma idade mais avançada, para ocuparem seus postos no ordenamento social. Somos prisioneiros, o livre-arbítrio é uma farsa, pois só existe dentro das regras que nós mesmos desconhecemos.

Esquizofrênicos. Mania de perseguição, paranóia e sensação de fracasso total. Os que recusam seu destino, na “Irmandade”, são os exilados para os estabelecimentos psiquiátricos ou para a incapacidade legal.

Aos poucos, recebemos os sinais de recepção à irmandade. São signos e símbolos aparentemente desconexos, mas que saem dos nossos escritos e das nossas bocas e que são usados como códigos por aqueles que nos iniciarão.

Se não soubermos decodificar estas informações, pensaremos que estamos loucos, com todos nos perseguindo, como se uma aliança estivesse formada para que nós perdêssemos sempre.

Porém, os suberfúgios das organizações paralelas podem se aproveitar dessas codificações para interferir nos planos da “Irmandade” e, como ela, passarem impunes, como se nada tivesse ocorrido.

Instrumentos bélicos, canhões, metralhadoras, bombas nucleares, vírus e bactérias não são tão temerosos quanto a mais cruel de todas, o mais humano dos produtos: a comunicação.

Os discursos são facções que abrem caminho diante da selvageria plural das vozes que se erguem na nossa frente. Mais que tornar comum, os discursos são armas, mecanismos de persuasão e imposição de poder.

O convencimento e a simpatia, mais que um revólver na cabeça, são mais do que mortais, quando o objetivo é único, vencer.

Religiões e instituições são máscaras maiores que as máscaras sociais que usamos para nos adaptar a esta realidade solitária e fugaz, que consiste em contar consigo mesmo e ninguém mais.

Fanatismos são justificativas de massacres e imposições de fins últimos, porque, cada qual, em seu “telos”, se julga mais humano e, portanto, no direito de poder mais que os outros.

Aprendemos, pior que mentir, a simularmos quando na presença dos outros. Queremos destruir a finalidade alheia e sabotar-lhes as esperanças. E, na maioria das vezes, preservamos o aparato institucional.

Percebo que numa roda de conversas, ou debates, sempre decidimos - tácita ou explicitamente – quem será o nosso Judas, o nosso “bode expiatório”, o receptáculo das nossas neuroses e outras frustrações adquiridas pela vida em coletividade.

Criticamos os romanos que jogavam cristãos aos leões e outras bestas, mas fazemos isto todos os dias, quando oferecemos o escárnio àqueles que decidimos que sejam seres inferiores, tal como formigas que devem ser esmagadas para nos livrarmos da nossa raiva de impotência perante as contradições deste mundo.

As expectativas só serão conforme o que nos for permitido e nada mais. A ética é manter a aparência e decidir as conveniências, sem nada mais, nem nada menos.


2 comentários:

Anônimo disse...

Uns são melhores q os outros é a vida
é assim q é

Anônimo disse...

Gostei do seu texto.. bem interessante.. diz muito da realidade da vida atual..