O amor é uma presença que vai chegando
Bem devagarinho.
E quando tu menos esperas, doma-te
Bem de mansinho.
No começo é o reconhecimento,
Não há aquele efeito.
Depois, fica louco como uma tempestade
Dentro do teu peito.
Surge a maníaca necessidade de ter-te ao meu lado,
De sentir-te junto ao meu corpo.
Se não me quiseres, basta olhar a tua figura:
Teus cabelos negros até o meio das costas;
Teu sorriso mais lindo do que ouro;
Tuas faces rosadas como a alvorada;
E teus olhos escuros como a noite;
Que sorriem direto para a alma deste jovem ébrio sem rumo.
É difícil de explicar o que sinto.
Tudo parece mais belo.
Não tenho mais fome ou sono, só uma idéia permanente:
Ficar perto de ti.
Nunca fiquei assim por criatura alguma.
Tu me encantaste perdidamente.
És meu querido Mal, aquela que adoro.
Dama dos sentidos, por ti me apavoro.
Não me agüento em pé.
Necessito de um sinal de tua presença.
Nem nos sonhos tu me dás uma única esperança.
Peço-te somente: olha para mim.
Enquanto me ignoras, permaneço aqui calado.
Sou um tolo solitário que vive isolado.
Não há vida, não há nada.
Tudo isso porque tu não me dizes nada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário